Ai que quiere,
Ao que quer,
1917
Sour Grapes,
Uvas Azedas,
1921
Spring and all,
Primavera e o mais,
1923
Collected Poems (1921-1931),
Poemas Reunidos,
1934
An Early Martir,
Um mártir precoce,
1935
Adam an Eve
and a City,
Adão e Eva e a cidade,
1936
The Complete
Collected Poems
(1906-1938),
Poemas reunidos completos,
1938
The Broken Span,
O vão rompido,
1941
The Wedge,
A cunha,
1944
The Clouds,
As nuvens,
1948
The Collected
Later Poems,
Poemas ulteriores reunidos,
1950
The Desert Music
and other Poems,
A música do deserto
e outros poemas,
1954
Journey to Love,
Jornada ao amor,
1955
Pictures
from Brueghel,
Quadros de Brueghel,
1962
Paterson,
Paterson,
(1946-1958)
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“Copiar a natureza é uma atividade invertebrada.[…] Mas imitar a natureza envolve o uso da palavra e então nós mesmos nos tornamos a natureza, inventando assim um objeto que é uma extensão desse processo”.
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“A verdade é que as notícias de jornal oferecem o justo incentivo para a poesia épica, a poesia dos acontecimentos. […] O poema épico teria de ser o nosso ‘jornal’. Os Cantos de Ezra Pound são um equivalente algébrico disso, mas um equivalente tão perversamente individual que não alcança ser compreendido universalmente como seria mister. […] Terá de ser um estilo épico conciso, de pontaria certeira. Estilo de metralhadora “.
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O LAVRADOR
Perdido em pensamentos o
lavrador passeia sob a chuva
por seus campos vazios, mãos
nos bolsos,
na cabeça
a colheita já plantada.
Um vento frio vem encrespar a água
entre as ervas tostadas.
Por toda parte
o mundo rola friorento para longe:
negros pomares
escurecidos pelas nuvens de março –
deixando espaço livre aos pensamentos.
Lá embaixo, além da galharia
rente
ao carreiro encharcado de chuva
assoma a figura artista do
lavrador – compondo
– antagonista
(tradução: José Paulo Paes)
O POEMA
Tudo está
no som. Uma toada.
Raramente uma canção. Devia
ser uma canção – feita de
minúcias, vespas,
uma genciana – algo
imediato, tesoura
aberta, olhos
de uma dama – despertando
centrífuga, centrípeta.
(tradução: José Lino Grünewald)
PRELÚDIO AO INVERNO
A mariposa sob as goteiras
com asas como
a casca de um tronco, estende-se
e o amor é uma curiosa
coisa suavemente alada
imóvel sob as goteiras.
(tradução: José Lino Grünewald) |