Meu nome é gal

al Costa

Gal Costa

Por Dilva Frazão

Biblioteconomista e professora

Biografia de Gal Costa

Gal Costa (1945-2022) foi uma cantora brasileira, uma das mais bonitas e ousadas vozes da Música Popular Brasileira.

Maria das Graças Penna Burgos, conhecida como Gal Costa, nasceu em Salvador, Bahia, no dia 26 de setembro de 1945. Filha de Arnaldo Burgos e Mariah Costa Penna ficou órfã de pai com 14 anos de idade. Trabalhou como balconista de uma loja de discos em Salvador. Em 1963 conheceu Caetano Veloso, apresentada por Dedé Gadelha, sua vizinha e amiga e futura esposa do cantor.

Em 1964 participou do show “Nós, Por Exemplo”, ao lado de Caetano, Gilberto Gil, Bethânia e Tom Zé, na inauguração do Teatro Vila Velha, em Salvador. Em 1965, muda-se para o Rio de Janeiro e lança seu primeiro disco, gravado ao lado de Caetano Veloso, um compacto com as músicas “Sim, Foi Você”, de Caetano e “Eu Vim da Bahia” de Gilberto Gil. Em 1966 participou do I Festival Internacional da Canção com a música “Minha Senhora” de Gilberto Gil e Torquato Neto.

Em sua fase “tropicalista”, que absorveu influências do canto rasgado de Janis Joplin e da “psicodelia” de Jimi Hendrix, lançou seu primeiro disco solo “Gal Costa” (1969), com as músicas “Baby”, “Divino Maravilhoso”, “Que Pena” e “Não Identificado”, que alcançaram grande sucesso. Em 1971 lançou “Fa-Tal: Gal a Todo Vapor”, gravado ao vivo, que serviu para carregar a bandeira do Tropicalismo, enquanto seus dois principais compositores, Caetano e Gil, estavam no exílio. O disco traz grandes sucessos, entre eles: “Chuva Suor e Cerveja”, “Como 2 e 2” e “Pérola Negra”. Em 1975 grava a música de abertura da novela Gabriela, a canção “Modinha para Gabriela”, de Dorival Caymmi, que faz grande sucesso.

Em 1979, Gal Costa se distanciou do repertório roqueiro e se consagrou como a intérprete de MPB e lançou “Gal Tropical” onde cantou alguns de seus maiores sucessos como: “Balancê”, “Força Estranha”, “Índia” e “Meu Nome é Gal”. Em 1980 Gal lançou “Aquarela do Brasil”, onde reuniu músicas de Ary Barroso, entre elas: “Aquarela do Brasil”, “É Luxo Só”, “Na Baixa do Sapateiro”, “Camisa Amarela” e “No Tabuleiro da Baiana”.

A aclamação popular de Gal Costa, que já havia se desenhado nos sucessos “Festa do Interior”, “Meu Bem Meu Mal” e “Açaí”, do disco “Fantasia” (1981) vai se consolidar com o disco “Bem Bom”, de 1985 – o mais vendido da cantora, com um balanço vanguardista de Arrigo Barnabé (a faixa-título) e da dupla, Michael Sullivan e Paulo Massadas, com a música “Um Dia de Domingo”, em dueto com Tim Maia.

A partir da segunda metade dos anos 1990, Gal Costa passou a reler suas antigas gravações. Em 2001, foi incluída no Hall of Fame do Carnegie Hall, sendo a única cantora brasileira a entrar no Hall, após participar do show “40 anos de Bossa Nova”, em homenagem a Tom Jobim. Em 2005 lançou o álbum “Hoje”.

Em 2011, Gal Costa lançou o álbum “Recanto”, concebido e composto por Caetano Veloso, o disco tirou a cantora de um autoexílio fonográfico de seis anos. Em 2015, Gal Costa lançou “Estratosférica”, em três formatos – LP, CD e download. O repertório reúne as músicas “Sem Medo, Nem Esperança”, “Casca”, “Anuviar”, “Ecstasy”, “Dez Anjos”, entre outras.

Gal Costa faleceu no dia 09 de novembro de 2022, com 77 anos.

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