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- 30 DITADOS POPULARES E SEUS SIGNIFICADOS
30 ditados populares e seus significados
Ditados populares são passados de geração para geração e transmitem conhecimento e sabedoria para pessoas mais novas.
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Ditados populares são frases ou expressões consideradas sábias, porque são passadas de geração para geração e transmitem experiências e conhecimentos que podem ajudar pessoas mais novas a entenderem determinados comportamentos e acontecimentos.
A origem das expressões pode ser conhecida ou não, bem como pode ser incerta. As frases são faladas pela população em geral, independentemente da idade e da classe social.
Os ditados populares são mantidos ao longo dos anos e são elementos importantes da cultura nacional ou local. Fazem parte ainda da diversidade cultural do Brasil. Às vezes, os ditados ultrapassam as fronteiras da língua portuguesa e podem ser traduzidos, literalmente ou não, para outros idiomas, causando a mesma sensação de sabedoria.
Há ditados de folclore, ditados nordestinos, ditados religiosos, ditados de amor, ditados engraçados etc. Muitas vezes, essas expressões são cobradas em provas de escola, vestibulares e Enem, especialmente em questões de interpretação de texto.
Leia também: Palavras de origem portuguesa em outros idiomas
Tópicos deste artigo
30 ditados populares famosos
O Brasil Escola separou alguns dos principais ditados populares e seus significados. Confira:
1) A pressa é a inimiga da perfeição – mostra que é necessário ter paciência e fazer as coisas devagar para alcançar os objetivos.
2) A corda sempre arrebenta do lado mais fraco – indica que pessoas com classe social considerada mais baixa em relação à outra são prejudicadas primeiro.
3) Água mole em pedra dura tanto bate até que fura – sinaliza que é necessário persistência para conseguir o que se deseja.
4) Águas passadas não movem moinho – remete à ideia de que o que passou, passou, e que não é possível mudar o passado.
5) Amigos, amigos, negócios à parte – revela que as amizades podem ser abaladas quando há dinheiro envolvido. Por isso, não seria bom misturá-los.
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6) Cada macaco no seu galho – apresenta o conceito de que cada um deve cuidar da sua vida e não se intrometer na do outro.
7) Cão que ladra não morde – mostra que algumas pessoas ameaçam com palavras, mas, na verdade, não fazem nada, por isso não é necessário temê-las.
8) Casa da mãe Joana – refere-se a um lugar onde as pessoas têm liberdade para entrar e fazer o que quiserem, em qualquer hora.
9) De médico e louco, todo mundo tem um pouco – sinaliza que as pessoas, no geral, têm um lado mais sensato e um lado mais impulsivo.
10) Deus ajuda a quem cedo madruga – pessoas determinadas, que acordam cedo para trabalhar ou estudar, conseguem seus objetivos.
11) De grão em grão, a galinha enche o papo – usamos esse ditado quando queremos dizer que determinado objetivo será alcançado aos poucos, etapa por etapa.
12) Devagar se vai longe – apresenta que pessoas que fazem atividades com calma, cada uma a seu tempo, conseguem ter mais sucesso do que as que realizam seus afazeres apressados.
13) Diga com quem anda que lhe direi quem és – afirma que o caráter de uma pessoa pode ser definido pelo caráter das suas amizades.
14) Esmola demais até santo desconfia – remete à ideia de que, quando uma pessoa elogia outra em excesso ou lhe oferece presentes, é porque pode estar querendo algo por trás.
15) Filho de peixe, peixinho é – mostra que, no geral, os filhos têm atitudes parecidas às que têm os seus pais.
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Conceição Evaristo: vida, obra e importância na literatura brasileira
Escrito por Laura Aidar
Arte-educadora, fotógrafa e artista visual
Conceição Evaristo é uma importante escritora brasileira. Seus contos, romances, poesias e ensaios tratam de questões ligadas à ancestralidade e afrobrasilidade.
Nascida em Belo Horizonte (MG), em 1946, Conceição veio de uma família humilde e trabalhou como empregada doméstica até 1971. Dois anos depois se muda para o Rio de Janeiro, onde se forma em Letras pela UFRJ.
Em 1996 se torna mestra em Literatura pela PUC/RJ com a dissertação Literatura Negra: uma poética da nossa afro-brasilidade. Em 2011 conclui doutorado na UFF com a tese Poemas Malungos – Cânticos Irmãos.
Ingressa na cena literária a partir do anos 90, quando passa a publicar seus textos na série Cadernos Negros, publicação do Grupo Quilombhoje.
Além de escritora, Conceição também atuou como docente em Universidades e instituições no Rio de Janeiro, Bahia, Rio Grande do Sul e Minas Gerais.
Livros de Conceição Evaristo
- Ponciá Vicêncio (2003) – Romance.
- Becos da Memória. (2006) – Romance.
- Poemas da recordação e outros movimentos. (2008) – Poesia.
- Insubmissas lágrimas de mulheres. (2011) – Contos.
- Olhos d’água. (2014) – Contos.
- Histórias de leves enganos e parecenças. (2016) – Contos e novela.
- Canção para ninar menino grande. (2018) – Novela.
Importância de sua obra e principais temas
A importância da literatura de Conceição Evaristo se dá na medida em assume uma postura crítica e sensível em relação à história do povo negro no Brasil. Tal posicionamento já se revela em seu romance de estreia e livro mais célebre, Ponciá Vicêncio.
Sua escrita tem grande relevância para a formação cultural brasileira e a levou a receber o título de Personalidade Literária do Ano pelo Prêmio Jabuti, em 2019.
Os temas que aborda têm relação com suas experiências de vida, pois aprofundam reflexões sobre discriminação racial e desigualdades de classe e de gênero, trazendo um retrato contundente de grande parte da população brasileira.
Por conta disso, Conceição criou o termo “escrevivência” para definir essa escrita que surge do dia a dia, dos acontecimentos comuns do cotidiano, carregados de memórias pessoais e coletivas de seu povo.
Frases e poemas de Conceição Evaristo
Da menina, a pipa
Da menina a pipa
e a bola da vez
e quando a sua íntima
pele, macia seda, brincava
no céu descoberto da rua
um barbante áspero,
másculo cerol, cruel
rompeu a tênue linha
da pipa-borboleta da menina.E quando o papel
seda esgarçada
da menina
estilhaçou-se entre
as pedras da calçada
a menina rolou
entre a dor
e o abandono.E depois, sempre dilacerada,
a menina expulsou de si
uma boneca ensangüentada
que afundou num banheiro
público qualquer.A nossa escrevivência não pode ser lida como história de ninar os da casa-grande, e sim para incomodá-los em seus sonos injustos.
O imaginário brasileiro, pelo racismo, não concebe reconhecer que as mulheres negras são intelectuais.
Gosto de dizer ainda que a escrita é para mim o movimento de dança-canto que o meu corpo não executou, é a senha pela qual eu acesso o mundo.
A noite não adormece nos olhos das mulheres
A noite não adormece
nos olhos das mulheres
a lua fêmea, semelhante nossa,
em vigília atenta vigia
a nossa memória.A noite não adormece
nos olhos das mulheres,
há mais olhos que sono
onde lágrimas suspensas
virgulam o lapso
de nossas molhadas lembranças.A noite não adormece
nos olhos das mulheres
vaginas abertas
retêm e expulsam a vida
donde Ainás, Nzingas, Ngambeles
e outras meninas luas
afastam delas e de nós
os nossos cálices de lágrimas.A noite não adormecerá
jamais nos olhos das fêmeas
pois do nosso sangue-mulher
de nosso líquido lembradiço
em cada gota que jorra
um fio invisível e tônico
pacientemente cose a rede
de nossa milenar resistência.Talvez você também se interesse:
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Escrito por Laura Aidar
Arte-educadora, artista visual e fotógrafa. Licenciada em Educação Artística pela Universidade Estadual Paulista (Unesp) e formada em Fotografia pela Escola Panamericana de Arte e Design.Como citar?
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