Gotas de Poesia

O “Adeus” de Teresa

A vez primeira que eu fitei Teresa,
Como as plantas que arrasta a correnteza,
A valsa nos levou nos giros seus
E amamos juntos E depois na sala
“Adeus” eu disse-lhe a tremer co’a fala

E ela, corando, murmurou-me: “adeus.”

Uma noite entreabriu-se um reposteiro. . .
E da alcova saía um cavaleiro
Inda beijando uma mulher sem véus
Era eu Era a pálida Teresa!
“Adeus” lhe disse conservando-a presa

E ela entre beijos murmurou-me: “adeus!”

Passaram tempos sec’los de delírio
Prazeres divinais gozos do Empíreo
… Mas um dia volvi aos lares meus.
Partindo eu disse – “Voltarei! descansa!. . . ”
Ela, chorando mais que uma criança,

Ela em soluços murmurou-me: “adeus!”

Quando voltei era o palácio em festa!
E a voz d’Ela e de um homem lá na orquestra
Preenchiam de amor o azul dos céus.
Entrei! Ela me olhou branca surpresa!
Foi a última vez que eu vi Teresa!

E ela arquejando murmurou-me: “adeus!”

Castro Alves )

*

A biografia The Doors

The Doors

The Doors na série Clássicos do Rock

O grupo musical focalizado no programa desta noite, The Doors, é uma banda que simboliza como nenhuma outra a revolta e a loucura da chamada juventude transviada dos anos 70, não apenas na América, mas praticamente todo mundo ocidental. Formada pelo vocalista, compositor e guitarrista Jim Morrison, pelo tecladista Ray Manzarek, pelo também guitarrista Robby Krieger, pelo baterista John Densmore, The Doors desenvolveu sua música inspirado pela poesia de Baudelaire e Rimbaud, pela teoria da performance de confronto de Antonin Artaud, pelo cinema de Orson Welles e Josef Von Sternberg, pela arte e poesia de William Blake. O nome da banda, aliás, provém diretamente de um escrito de Blake: “When the doors of perception are cleansed, man will see things as they truly are, infinite.”

Poesia e Fatos atuais